quinta-feira, março 05, 2009

Inspirado no sonho de “Alice no País das Maravilhas” .


Inspirado no sonho de “Alice no País das Maravilhas” resolvi escrever sobre o sonho que eu tive do meu mundo. No meu sonho não existia coelho branco com relógio na mão que dizia estar atrasado, e sim um comodista senhor Lobo (mas para mal do que para bom) que cantarolava textos decorados de Teorias da Psicologia e saia perguntando para todos que encontrava: - Quem foi o fundador? Esse Lobo, que eu achava antes inofensivo se tornou uma grande ameaça no meu sonho, era ele a minha maior preocupação, como o coelho da Alice. Ele fumava o narguilé que a lagarta fumava no filme de Alice, e invés de desenhos de letras, a fumaça fazia desenhos de números quaisquer que imediatamente ele transcrevia para alguns papéis, que conseqüentemente deixavam as rosas com cor de carmim, de tanta raiva! Depois de ser quase afogado pelas minhas próprias lágrimas, resolvi tentar ir por outro caminho. Que caminho tomar? Foi aí que apareceu o gato colorido que falava: ‘‘Não há como evitar, tudo aqui é maluco’’, como se fosse aquela má consciência vestida de diabo que tentava me orientar a ir pelo mau caminho (ou bom, depende da referência). Eu acabei aceitando o caminho dele, e cheguei à praia. Lá encontrei meus amigos, o Chapeleiro Louco, a Lebre Maluca e até o pequeno camundongo. Todos nós cantamos a música do desaniversário. Um bom desaniversário. Pra mim? Não tínhamos o famoso chá (de cogumelo) , mas com certeza nos deliciamos com grandes pedaços de bolo doido. Um pouco depois todos nós estávamos cantando, e fazíamos algumas charadas, como: ‘’Por que o corvo se parece com uma mesa?’’. Coisas bem malucas mesmo. Não é que o gato rosa estava certo mesmo? Esse desaniversário realmente me distraiu um pouco do Lobo. O gato era mesmo um mestre. Depois da boa experiência, resolvi seguir meu caminho mais uma vez. Entrei em um grande jardim. Primeiramente ele me trazia um pouco de paz, mas logo depois apareceu o rei de copas que tinha a imagem do meu pai que vinha estressado e gritava: - Cortem as cabeças. A partir daí não faltou muito para que todos os meus sentimentos ruins como angústia, tristeza, decepção viessem correndo atrás de mim como se fossem pessoas de verdade. E aí... puufff! Eu acordo do sonho... e, percebo que meu nome não é Alice e sim Fernando. Na verdade, tudo não era apenas um sonho, era verdade também na vida real.... E aí que surge: quem me dera ser Alice para acordar e ver que tudo isso que está acontecendo na minha vida é irreal...