segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Um canto a Lávier


Em um feriado ensolarado, pelas ruas de Paris, fora anunciado o espetáculo. Fausto, no Le Palace, com a atriz Elise Schlinder.
Houvera demasiado movimento nas ruas de Faubourg Montmartre, faltando poucos minutos para a peça, já todos os ingressos haviam se esgotado.
Sentado na segunda fíleira do andar de cima, estava Lord Lávier e o Marquês Raymond. Os sussurros do salão estavam alto. Na Cadeira do lado do Marquês de Raymond, sentara uma linda moça, com uma grande vestido preto, feito com um corte em meado das pernas; no qual desviara sempre o olhar de Marquês.
No teatro, todo pintado em dourado, com fortes luzes reverberando no público , e os aromas dos perfumes se misturavam, exalando pelas narians de Lord Lávier, fazendo-o axaltar-se .
Começara o espetáculo ,aos poucos o silêncio estribou no salão, entrara o Diretor, Poeta e o Palhaço para o prólogo do espetáculo. Os olhos do Lord já estavam cintilando, até que entrara Margarida- representada por Eise, de vestido azul, cabelos ruivos e olhos azuis,branca como as plumas na primavera. Dizia sua belas palavras de Margarida para Fausto, interpretando, como a única atriz de Paris. Não haveria outra, apenas ela! Bestializando o público com seu jeito de representar . Lorde Lávier ouvia e fechando os olhos lentamente e salientando teus lábios , teu coração acelerava, como se cada palavra de Elise, correspondesse a uma diástole.
Por fim acabou o espetáculo, junto com o Marquês, caminhavam ao camarim para conhecer a estrela da noite . Descendo as grandes escadas, arredando a multidão, chegaram á porta daquela pequena sala. Lávier ficou detrás da parede do camarim ,do lado de fora. Elise estava defrente a um espelho , limpando a maquiagem, enquando isso, pelo espelho, viu o reflexo de Lávier.
Parou tudo que fez e olhou para Lávier:
-Permita-me entrar nobre dama- Emborcando-se Lávier-Osculnado a mão de Elise
-Claro! por obséquio- Disse Elise a Lávier.
-Desculpe-me por não me apresentar , sou Lord Lávier! quando será voso próximo espetáculo?
- Daqui a três meses, como a comédia: Sonho de uma Noite de Verão.- Exclamava a atriz!. Por um tempo,ombos tricando olhares, e o silêncio exaltava naquela sala. Com um veloz movimento com a pena e um papel, o Lord faz uma anotação: - Aqui está meu endereço- entragando o papel para Elise -Apareça assim que puder, para tomarmos chá da tarde. Estarei lhe esperando- disse indo para rumo da porta.
Elise segurava aquele papel, e olhando a partida do Lord junto como o Marquês. Levando para si o cheiro de seu perfume que estribou no papel .
No outro dia, Lord Lávier em teu palácio, escrevera versos relembrando a noite anterior. Com toda aflição, pensara em Elise. Chamava todo momento sua criada Darote e pedia mais e mais café e cigarro.
Chegara ànoite , percebia que naquela dia, sentira a ausência de beleza de Elise. Dias e dias, noiter após noites , Lord Lávier cada dia aumentava sua aflição, esperava Elise, mas nunca chegara.
Batia na porta do palácio , era a Marquesa Advirge. Lávier não quisera atender.
De um alado para o outro, andava em seu palácio, embriagando de tanto vinho , Lávier cai no chão. Acorda só no outro dia, em sua cama, com fortes dores de cabeça.
Enfim , depois de duas semanas, Elise aparece. Não tão diferente , usava um vestido azul celeste e um batom vermelh. Foi ao encontro de Lávier, ele a braçou , conversaram, tomaram chá , e mesmo pálido Lávier tentou parecer forte e jovial.
Apareceu a criada Darote como o mordomo Savilier, para levar mais chá. Recuando-os estiveram, por ver o beijo de Lávier.
Passaram -se semanas , e os dois sempre juntos , vivendo cada dia , intensamente com se fosse o último. Presenteava Elise como um quadro como a caricatura de Lávier , com colores , brincos, perfumes. Elise vivera um sonho, no qual nunca quisera acoradar:
-O artista, é fiel representação da arte- dizia Lávier.
-Mas amor , a arte esté em cada um. A vida é uma representação da arte.
-Então quer me dizer , quem não vive pela arte morre para a vida?
-E a morte significa: o fim de uma poesia , ou uma peça de teatro, ou o borrando de um quadro, ou uma escultura. A arte é o ensaio de vida do artista. O artista pode morrer, mas sua arte se torna imortal. Sendo assim , fazendo-o imortal também. - Dizia a atriz, selando a conversa com um beijo no rosto de Lávier.
Passaram já um mês, até o outro espetáculo de Elise. Novamente o teatro lotou para apreciar a peça. Elise atuava com Tatânia.
Sentado na primera fileira do andar debaixo, defronte ao palco estivera novamnete Marquês de Raymond e Lord Lávier.
As coritinas se abrem, com a chegada de Helena, todos rindo. Por fim chega Titânia, já Lord Lávier ansioso para vê-la. Corria de um lado para o outro no palco, transpirando e escorregando no piso. Então esquecera tua fala , saiu correndo e Chorando para o camarim.
-Vamos Marquês- Disse Lord Lávier - Uma peça que não nos satisfaz é uma destruição para nosso caráter , desintegra nossa moral. Um horror! Simplesmente um horror!
Correu para o camarim, para falar com Elise. Chorando, sentada em uma poltrona, Lord dizia:
- Vergonha, vergonha! Esqueça-me, nunca mais olhe para mim! Sua atriz de quinta Categoria! - Fazendo ainda mais Elise cair em tristeza.
Varios dias foram se passando , Lávier sempre embriagado e fumando sem parar.
Até que uma semana depois, Marquês de Raymond entrega um jornal para Lávier com a capa em manchete dizendo: Suicidou nesta útima noite , com um tiro no peito, deitada em cima de um quadro , a atriz Eise Schlinder. Será enterrada no cemitério Père- Lachaise"

Para o fim definitivo de Lávier.

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